Pablo Santos
A fase da construção civil continua com projeções negativas. Um levantamento do Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) aponta pessimismo das empresas mineiras. O emprego com carteira assinada do setor em Divinópolis mantém saldo no vermelho desde 2015.
De acordo com a pesquisa, o índice de confiança da construção caiu 3,5 pontos em julho (39,6 pontos), frente a junho (43,1 pontos).
— Essa foi a quinta retração consecutiva do indicador, que atingiu seu menor nível desde julho de 2016 (39,3 pontos). O índice permaneceu abaixo da linha de 50 pontos pelo quarto mês seguido, apontando falta de confiança dos empresários da construção mineira. O indicador foi 1,9 ponto inferior ao de julho de 2017 e acumulou recuo de 11,7 pontos em 2018 — apontou o relatório mensal.
Com falta de confiança dos empresários, o emprego também mantém números negativos. Em Divinópolis, foram 157 vagas encerradas neste ano nas empresas do setor. O resultado é o confronto entre as 962 admissões menos as 1.119 demissões do setor, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho.
No ano passado, as vagas de emprego com carteira assinada do segmento fecharam com saldo negativo de 26. Em 2016, a situação foi pior para o setor: 231 oportunidades encerradas. Um ano antes, a construção também fechou 29 vagas na cidade. O último saldo positivo anual do setor foi em 2014 com 176 vagas criadas.
Nacional
O Iceicon nacional também sinalizou falta de confiança dos empresários do setor e apresentou em julho (48,9 pontos) um modesto crescimento na comparação com junho (48,2 pontos). O índice é resultado da ponderação das condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam situação pior e expectativa negativa para os próximos seis meses, respectivamente.
O índice de condições atuais, que mede a percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios, mostrou pequeno crescimento entre junho (37,0 pontos) e julho (37,3 pontos). Em junho, o indicador registrou queda de 4,9 pontos, a maior em quase quatro anos. O resultado foi 1,2 ponto inferior ao de julho de 2017 (38,5 pontos). O índice encontra-se abaixo de 50 pontos desde novembro de 2012.