Juliana Lelis
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou o último boletim de notificações da influenza H1N1. Segundo o balanço, foi apresentada uma queda significativa nos números de notificações, devido ao fim da sazonalidade da doença. Em Divinópolis, três pessoas morreram com a síndrome respiratória aguda greve este ano e no Estado foram 263 mortes.
A doença é mais frequente no outono e inverno devido às quedas nas temperaturas, mas pode ocorrer durante todo o ano. São considerados grupos vulneráveis idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma comorbidade. Em sua grande maioria, a gripe se apresenta de forma leve, sem sequelas e complicações, entretanto, para os grupos de risco, os casos podem apresentar complicações e gerar outras doenças, por isso, os cuidados com este grupo devem ser maiores.
Casos
Divinópolis está entre as 10 cidades do Estado com maior número de mortes pela doença neste ano, com três casos do tipo Influenza A (H1N1). Belo Horizonte foi a cidade com mais mortes, com 17 do tipo A e sete do tipo A não subtipado.
No Estado foram registrados 263 mortes, sendo destas, 174 por influenza A, 81 por influenza A não subtipado, 5 por influenza B, e três casos não classificados. Segundo estimativas da SES, 75% das infecções são causadas pelo tipo A, entretanto em algumas temporadas, pode acontecer a predominância do tipo B.
Circulação antecipada
Ainda segundo o boletim da Secretaria, este ano, o vírus influenza apresentou circulação antecipada, e os casos surgiram mais cedo que o normal. O fato considerado como atípico, aconteceu devido à forte temporada da doença no hemisfério norte no último inverno. Apesar da antecipação, a Secretaria explica que o fator, não foi determinante para o aumento no número de mortes.
— Não há uma explicação mais factível, pois o comportamento ocorrido este ano, poderá ser mais bem descrito no próximo ano. Entretanto, o vírus influenza sempre surpreende dada sua capacidade de variabilidade genética— explica o documento.
Divulgação
Ainda de acordo com a Secretaria, este ano, houve uma maior atenção e preocupação com a doença, devido à maior divulgação dos dados.
— Houve uma sensibilidade mais apurada por parte dos profissionais de saúde e da população como um todo em relação à doença, resultando em melhoria na qualidade de dados e detecção de pacientes que apresentam os sintomas da doença e enquadram na definição de casos suspeitos — finaliza o documento.