Flávio Flora
A 6ª edição do Seminário História e Memória do Centro-Oeste Mineiro inaugura, hoje à noite, a sua programação com uma conferência do secretário estadual Nilmário Miranda, de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais. O tema de abertura é “Memória e direitos humanos”, a ser apresentado no auditório da Uemg Divinópolis, às 20h. Precedendo esta participação especial haverá o lançamento dos anais do 5º Seminário (2015) e apresentação artística do grupo Movimento, a partir das 19h30.
O seminário é uma realização bienaldo Centro de Memória Professora Batistina Corgozinho (Cemud), em parceria com o curso de História da unidade e este ano discute “História, cidadania e direitos humanos”. Tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais e do Portal da Memória do Centro-Oeste Mineiro (EmRedes).
Trata-se de evento gratuito e aberto ao público, devendo os interessados em participar como ouvintes inscrever-se por meio do site<emredes.org.br>
Diversidade temática
Da programação constam palestras, apresentações culturais, debates e estudo em grupos temáticos voltados para a temática proposta para esta edição. As comunicações irão tratar do direito à memória e história; das questões ambiental, étnico-racial e de gênero; violência, mídia, política, sistema prisional, infância e adolescência. A ideia é também proporcionar espaço à participação de movimentos e grupos atuantes na região, na área da cidadania e dos direitos civis, políticos e sociais.
Segundo informe da instituição, “as questões relativas à cidadania e aos direitos humanos são sempre relevantes para o debate acadêmico, principalmente numa época de tantas discussões envolvendo as relações entre a política e a justiça; de tantas atitudes de intolerância, fanatismo e violência que, infelizmente, se fazem muito presentes na realidade social brasileira”.
— A Uemg Divinópolis recebeu uma herança de engajamento da antiga Funedi, em seus 50 anos de lutas contra o preconceito e a intolerância, e segue desenvolvendo iniciativas pela formação de grupos e coletivos; pela ação pedagógica crítica e responsável de professores das mais diversas áreas; pela organização de vários eventos; pelos inúmeros projetos de pesquisa e de extensão apoiados pela própria universidade e que buscam trazer à tona questões históricas, culturais e sociais da comunidade e região para o meio acadêmico, com a participação ativa dos discentes – destaca informe.
Grupos focais
Amanhã começam os grupos de trabalho com temas que vão da importância social do Divinópolis Tênis Clube, da inserção feminina no jornalismo local, fragmentos da história do Largo do Rosário ao amor líquido e à infidelidade, ao diálogo pacífico entre o Islã e o Cristianismo. No primeiro dia dos grupos focais ainda, as questões de gênero, igualdade social e educação estarão em tela com ecos das cidades vizinhas como Carmo do Cajuru (festejos e irmandades), Pitangui (documentos do sec. XVIII), Cláudio (história de Quinca Barão), Oliveira (memórias de LGBT); abordagens sobre o departamento de ordem social (Dops); disputas políticas antes da revolução de Vargas; o discurso político de Pedro X. Gontijo; importância da Adefom.
No segundo dia, quinta-feira 2, os temas girarão em torno de conflitos da adolescência; do distúrbio de déficit de atenção (DDA);bullying; mídia e movimentos sociais;crítica ambiental; amadurecimento musical; educação patrimonial; registro de memórias pela oralidade; agricultura familiar e segurança alimentar sustentável; seguridade social e trabalho de memória com idosos, entre outros temas focais.