Jorge Guimarães
Com as festas de fim de ano, a tendência a gastar é maior do que em outros períodos. Com a chegada do início do ano, surgem ainda as contas típicas desta época. Para evitar o desequilíbrio financeiro, o planejamento é a melhor ferramenta, conforme recomendam especialistas.
Assim como se calcula cuidadosamente uma viagem ou a compra de um bem, é preciso, segundo quem entende do assunto, programar-se para sanar as dívidas sem dores de cabeça. Quanto mais cedo começar a guardar dinheiro, melhor.
O técnico em informática e empresário da área, Sérgio Luiz Pereira, leva ao pé da letra os conselhos dos especialistas.
— Cada um tem sua forma de organização financeira, mas independentemente da técnica, isso deve ser feito com meses de antecedência. Pelo menos em setembro, já começo a pensar nas dívidas que chegam nos primeiros meses do ano — explica.
Impostos e descontos
No caso do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), é quase sempre vantajoso pagar a cota única, desde que o desconto seja bom. O mesmo acontece com o Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA), que começa a ser pago já neste mês. Motoristas de carro com placa final 1 pagam a 1ª parcela no dia 26 de janeiro (veja matéria completa sobre esse assunto nesta página) e algumas pessoas têm dúvida se pagam à vista com desconto ou parcelam o pagamento.
De acordo com o economista Leandro Maia, para quem tem o dinheiro reservado, o desconto à vista é a melhor opção. Com isso, já é eliminado um pagamento da lista de despesas anuais.
— É preciso evitar pegar empréstimo no banco para pagar essas contas de início de ano. Os juros mensais e um monte de parcelas para pagar podem se transformar numa verdadeira bola de neve — esclarece o economista.
Escola
Material escolar e rematrícula são outros custos que ocorrem neste mês. Muitas escolas têm optado por disponibilizar a lista de material já em dezembro e informam os custos da matrícula para o ano seguinte de modo a ajudar no planejamento dos pais.
E neste início de ano, tem mais um agravante. Os preços dos artigos escolares estão 12% mais caros que no ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (Abfiae).
— Se o valor dessas despesas estiver fora do alcance, procure a escola e negocie a mensalidade. Quanto ao material escolar, a pesquisa de preços é fundamental, pois há variação de uma loja para outra, principalmente nos itens de papelaria — recomenda Maia.