Bruno Bueno
A rotina dos pacientes SUS de Divinópolis que necessitam de tratamento em Belo Horizonte é desgastante. A situação foi abordada pela assessoria do vereador Rodyson do Zé Milton (PV). O parlamentar defende a criação de uma casa de apoio na capital para atender esses pacientes.
Questionada pela reportagem, a Prefeitura disse ontem que a implementação da casa de acolhimento depende da indicação de emendas impositivas de vereadores.
Prefeitura
A Prefeitura reconhece a importância da implementação.
— A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) entende que a existência de uma casa de apoio em Belo Horizonte seria um incremento de conforto e comodidade para os pacientes que estão em tratamento fora do domicílio poderem aguardar o horário do seu atendimento — disse.
Emendas
O Executivo disse que a destinação de emendas impositivas de vereadores é crucial para a ideia sair do papel. 50% dos valores precisam ser, necessariamente, destinados para a área da saúde.
— Se houver por parte do vereador a indicação de montante necessário ao custeio do referido serviço por um ano, a Prefeitura providenciará o processo licitatório para sua contratação — afirmou.
A Prefeitura também esclareceu que arca com despesas de estadia e alimentação para o paciente e acompanhante em situações em que é necessária a permanência do mesmo em outra cidade.
Denúncia
A situação veio à tona com a denúncia do vereador Rodyson. Para ele, há extrema necessidade.
— Não estamos reinventando a roda. Basta observar a região hospitalar de BH para ver que há diversas casas de apoio atendendo vários municípios mineiros. Estamos apenas atrasados nesse processo — afirma o vereador.
Ele ressalta que o investimento em uma casa de apoio não deve ser visto como um gasto.
— Ninguém se submete a essa dificuldade a menos que realmente precise, especialmente pessoas doentes — comenta.
Modelos
Há dois modelos, segundo o vereador, para a implementação da casa de apoio. O primeiro envolve o aluguel de um imóvel com a contratação de funcionários em BH.
O segundo, mais comum, é realizado através de licitação. Nesse caso, todos os custos são cobertos pelo vencedor do certame, enquanto a Prefeitura paga um valor fixo pelo serviço.
— Ambos os modelos têm suas vantagens e devem ser considerados para melhor atender aos pacientes — conclui Rodyson do Zé Milton.