Voos comerciais retornam a Divinópolis nesta segunda

Ígor Borges

Quase sete anos depois, Divinópolis está de volta aos céus. O Aeroporto Brigadeiro Cabral retorna voos comerciais nesta segunda-feira, 11. A primeira aeronave a pousar na cidade sai de Campinas às 7h30 e deve chegar às 9h25. As aeronaves utilizadas nos voos têm capacidade para 9 passageiros e horários praticamente diários. 

Em março de 2018, as operações comerciais foram suspensas devido à uma dívida do município com a Socicam, que na época administrava o aeroporto. Na época, a companhia responsável pelos voos era a Azul Linhas Aéreas, a qual volta à cidade. 

Retorno

A primeira viagem comercial ocorre às 7h30 desta segunda-feira, 11, quando um voo virá de Campinas rumo a Divinópolis. A expectativa é que a aeronave pouse no aeroporto por volta das 9h25. 

A cidade ficou quase sete anos sem voos comerciais, devido a um impasse financeiro entre a então empresa gestora do terminal, Socicam, e a Prefeitura de Divinópolis. De lá para cá, várias movimentações tentaram retornar com as atividades. 

Voos

Em relação aos voos, Divinópolis terá aeronaves que partem destino ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, e ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). 

De acordo com a companhia responsável, Azul Linhas Aéreas, pelos voos, a aeronave utilizada será a Cessna Caravan, com capacidade para 9 passageiros.

A Azul ainda disse em nota, que os voos para Confins funcionam uma vez por dia, de segunda a sexta-feira, com saída às 9h55 do Brigadeiro Cabral, em Divinópolis. Já os voos saindo de BH para Divinópolis, de segunda a domingo, sempre às 15h40.

Para a rota Divinópolis/Campinas, a saída é única e diária às 17h, exceto aos sábados. De Campinas para Divinópolis, os voos sairão às 7h30, de segunda a domingo. 

As informações foram consultadas no site da Azul.

Investimentos

Em setembro, veio a confirmação que o Aeroporto Brigadeiro Cabral passou a ser administrado pela conhecida Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). 

A expectativa na época era que a Infraero investisse em Divinópolis cerca de R$ 27 milhões, entre 2024 e 2025. Entre as melhorias a serem realizadas, estão a construção de um novo terminal de passageiros, a recuperação do pátio de aeronaves, a adequação de barreiras patrimoniais e a implantação de balizamentos. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Angelo, revelou que a empresa vai aliviar as despesas operacionais, que giram em torno de R$ 200 mil por mês. Ele também comemorou os benefícios que virão com a mudança. 

— Nós também teremos uma maior facilidade na atração de investimentos. Isso ocorre porque, o processo atual para realizar reformas é muito burocrático e demorado. Já que a Infraero é uma empresa do governo federal, ela possui uma facilidade muito maior de operacionalizar recursos — comentou.

O secretário, por fim, diz que a mudança pode significar que  Divinópolis se torne referência em aeroportos regionais em cenário brasileiro.

— O conhecimento técnico e a expertise de gestão de aeroportos da Infraero é uma das principais do Brasil. Ou seja, além disso, gestão de planos, equipes para manutenção, melhorias e investimentos fica bem mais ágil se comparado com uma gestão municipal — completou.  

Modernização

Com recursos próprios e também do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), diversas obras de revitalização e de infraestrutura foram realizadas nos últimos meses. O principal objetivo já era o retorno dos voos comerciais. 

Dentre as atualizações estão:

• Implantação da RESA; 
• Implantação da Sinalização Vertical; 
• Implantação do Papi; Revitalização do Balizamento; 
• Reparos no acostamento; 
• Implantação de Guarita para controle de transbordo de carga; 
• Implantação de Sistema de Alarme de segurança; 
• Vigilância Armada com Certificação AVSEC; 

Suspensão e tentativas

No dia 30 de março,  de 2018, a Azul Linhas Aéreas anunciou que suspenderia os voos comerciais no aeroporto da cidade devido à dívida do município com a Socicam.

Em abril, a gestão do local foi transferida para a Emop de maneira provisória. No mesmo mês, a Acid propôs arcar com as despesas de equipamento para reativar os voos no local.

No início de junho, quando o aeroporto completou três meses sem voos, um processo licitatório para a terceirização da administração do terminal chegou a ser pensado. 

No dia 13 de julho, a empresa interessada em assumir o local realizou um treinamento em um hangar particular do aeroporto. Porém,  foi comunicado ao empresariado e ao grupo gestor que a Controladoria Geral tinha barrado o contrato por ser ilegal a contratação emergencial de empresas em situações aeroportuárias.