Da Redação
O governo estadual prevê entregar o Hospital Regional de Divinópolis até setembro. No entanto, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que será responsável pela gestão junto com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), não crava data para o início de funcionamento. Em visita técnica ontem, representantes enalteceram a obra, mas apontam para a necessidade de adaptações para manter a vocação universitária do hospital.
Entrega
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, preferiu não definir data para o início do funcionamento do hospital. Segundo ele, o governo federal tem discutido, junto ao governo estadual, a necessidade de readequações no programa assistencial, o que demanda mudanças estruturais.
— Isso exige que sejam feitas obras de adaptação, não são de grande volume, mas são necessárias. Isso, naturalmente, tende a exigir algum tempo de adaptação — ressaltou.
O objetivo é garantir a vocação do Hospital Universitário à estrutura.
— Vamos precisar fazer um conjunto de adaptações, inclusive para atender ao novo papel do hospital para o Sistema Único de Saúde de toda a região. E para receber algo que não está previsto, nossos residentes, professores, pesquisadores, há a necessidade de fazer adaptações tanto do ponto de vista assistencial quanto de pesquisa— justificou.
Chioro citou, ainda, as demandas de compra de equipamentos e outras etapas burocráticas.
— Não se trata de um problema ruim, mas de um desafio — pontuou.
Ensino
Para o reitor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Marcelo Pereira de Andrade, a estrutura concretiza um sonho antigo do campus Dona Lindu em ter um campo de prática.
— Para consolidar o processo de formação dos futuros médicos — concluiu.
Acesso
Além da urgência na entrega do hospital, o vereador Rodyson do Zé Milton destaca a importância da infraestrutura de acesso à unidade receber a devida atenção.
— De nada adianta termos um hospital moderno, com estrutura de ponta, se as pessoas não conseguem chegar até ele com segurança e dignidade — aponta.
Liderando um movimento pela celeridade das obras de mobilidade urbana no entorno do hospital, Rodyson tem cobrado ações efetivas como a adequação das linhas de ônibus, calçadas e passeios com acessibilidade para pessoas com deficiência, reforço da segurança pública na região, além da construção da ponte que ligará os bairros Realengo e Maria Peçanha. Esses foram alguns pontos discutidos durante a audiência pública realizada na Câmara, no mês passado, a seu pedido.
— Estamos falando de pacientes, familiares, profissionais de saúde e da população de cidades de toda a região Centro-Oeste. É preciso garantir uma mobilidade eficiente e inclusiva — concluiu o vereador.
