Trabalhadores do varejo têm aumento de até 7,5% no salário

Convenção Coletiva já em vigência, também especifica as regras e os direitos da categoria 

Da Redação 

Entidades de classe que representam empregados e patrões no comércio varejista de Divinópolis assinaram recentemente a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), documento que oficializa o reajuste salarial da categoria e estabelece regras para as relações de trabalho ao longo do período de vigência.

Importância

A assinatura da CCT é de extrema importância para os trabalhadores, pois garante direitos coletivos, proporciona segurança jurídica e assegura a reposição das perdas inflacionárias, refletindo diretamente na melhoria do poder de compra dos profissionais do setor. Além do reajuste salarial, a convenção pode incluir cláusulas sobre jornada de trabalho, pagamento de horas extras, benefícios como vale-alimentação, auxílio-creche e condições para trabalho em feriados e datas comemorativas, muito comuns no comércio.

Valorização da mão de obra 

Ao garantir que as negociações entre sindicatos patronais e laborais resultem em acordos formais, a CCT fortalece, conforme os representantes, a valorização da mão de obra, estimula relações trabalhistas equilibradas e contribui para um ambiente de trabalho mais justo e estável. Para os trabalhadores, este avanço representa não apenas uma conquista econômica, mas também o reconhecimento da importância da categoria para o desenvolvimento do setor e da economia local.

Acordo 

Para tanto, o Sindicato do Comércio Varejista de Divinópolis (Sincomércio) e o Sindicato dos Empregados no Comércio Varejista e Atacadista de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sindcomerciarios) assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que regulamenta o reajuste salarial para empregados do comércio varejista na cidade. A Convenção apresenta diversas cláusulas que detalham as novas regras e demais definições e alterações. 

Novo salário 

O novo salário da categoria varia de acordo com a especialidade do trabalhador e o mês analisado. Nos meses de abril, maio e junho de 2025, o menor salário que poderá ser pago é de R$ 1.684,81, enquanto a partir de julho de 2025 o valor mínimo será de R$ 1.694,81. Essa alteração só não se aplica para as funções de office-boy, contínuo/mensageiro, vigia/rondante, embalador, faxineira e operador de guarda-volumes: para esses trabalhadores, o salário base será de R$ 1.630,86 nos meses de abril, maio e junho de 2025, e de R$ 1.640,86 a partir de julho.

Percentuais 

Essas correções nos pisos salariais representam 6,89% vigorando para os meses de abril, maio e junho e de 7,5% a partir de julho. Já para os demais salários, a correção será de 5,8% para os meses de abril, maio e junho e de 6,8% a partir de julho. Acerca dos motivos para o reajuste, um dos consultores do Sincomércio, Márcio Mourão, afirmou que os comerciantes reconheceram ter havido perda de poder aquisitivo no último ano, situação que também foi observada pelo Sindicato. Por causa disso, optou-se pelo aumento para um valor acima de 5,20%, que foi a inflação acumulada nos últimos 12 meses, com base em dados do governo federal.

CDL

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Divinópolis reforça que a definição do reajuste reflete o entendimento entre as entidades sindicais sobre a necessidade de recompor o poder de compra dos trabalhadores, considerando a inflação acumulada.

A presidente da CDL Divinópolis, Mônica Simões, destacou a importância do diálogo entre as partes e o papel da entidade em manter o setor informado. 

— Acompanhamos a negociação junto aos sindicatos, sempre com o compromisso de garantir que os empresários recebam as informações com clareza e agilidade. A recomposição salarial é um reflexo do cenário econômico e do respeito aos profissionais do comércio — ressalta.

Economia 

Os reajustes salariais desempenham um papel fundamental na proteção do poder de compra dos trabalhadores, ajudando a compensar os efeitos da inflação ao longo do tempo. Ao garantir salários mais justos, os acordos firmados entre sindicatos e empregadores evitam que os profissionais percam qualidade de vida diante do aumento do custo de bens e serviços.

Segundo o empresário do ramo do vestuário Carlos Alves, os impactos positivos vão além do bolso do trabalhador. 

—  Quando os trabalhadores recebem salários mais justos, há um impacto positivo na economia local. O aumento do consumo impulsiona o comércio e os serviços, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico e desenvolvimento local — frisa.

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