Da Redação

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira, 16, por 346 votos a 97, o requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/25, que susta os efeitos do novo decreto do Governo Federal que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre crédito. A proposta agora poderá ser votada diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. 

O aumento do IOF, anunciado pelo governo Lula (PT), atinge em cheio quem precisa de crédito, afetando diretamente a população de baixa renda, pequenas empresas e o setor produtivo. Essa é a avaliação do deputado federal Domingos Sávio (PL). A medida provocou forte reação entre parlamentares da oposição, que consideram o decreto um “retrocesso e um ataque ao cidadão brasileiro que mais precisa de financiamento para consumir, empreender ou investir”.

Críticas

Entre os mais atuantes contra a medida, Domingos Sávio já havia se manifestado publicamente contra o aumento e trabalhou pela aprovação da urgência para sustar o decreto. O parlamentar lembrou que, além de ser um aumento disfarçado de imposto, o novo IOF foi instituído por decreto, sem debate no Congresso. 

— O governo está usando artifícios para tirar dinheiro do bolso do povo brasileiro sem passar pelo crivo do Parlamento. Não podemos aceitar esse tipo de autoritarismo fiscal — afirmou Sávio.

Segundo o deputado, a alta do IOF impacta diretamente setores estratégicos da economia, como o agronegócio, a indústria e o comércio, além de penalizar o consumidor comum, que já enfrenta juros elevados. 

— Quem precisa de um crédito para investir na produção, para financiar uma casa ou mesmo para quitar uma dívida pessoal vai pagar mais caro por causa dessa medida injusta. É o típico governo que tributa quem trabalha e produz, em vez de cortar gastos e ser eficiente — criticou.

Articulação

Domingos Sávio também ressaltou que a bancada do Partido Liberal está unida contra o aumento de impostos e continuará atuando para impedir medidas que prejudiquem o desenvolvimento econômico do país. 

— Temos que trabalhar para desonerar a produção, facilitar o crédito e estimular o crescimento. Aumentar IOF é andar na contramão da recuperação da economia. Essa urgência foi uma vitória da responsabilidade com o Brasil — finalizou.