A movimentação política nos bastidores visando 2026, segue a todo vapor, e nos últimos dias, a disputa pelo governo de Minas é o foco principal. Mesmo sem a certeza dos nomes que vão concorrer, as possíveis “rasteiras” já começam a aparecer. Uma das agitações que mostram isso, envolve o senador Rodrigo Pacheco (PSD), que realizou o segundo grande evento em Minas Gerais no intervalo de menos de um mês. O mais recente foi neste domingo, quando participou da inauguração da ala oncológica do Hospital Samuel Libânio, que faz parte do Complexo Hospitalar Samuel Libânio (CHSL), para a qual, ele destinou R$ 30 milhões em emendas e beneficiará 53 municípios. Até aí tudo certo, visto que o senador é um dos que pretende disputar a vaga deixada por Romeu Zema (Novo). O estranho foi a ausência do deputado Cássio Soares do mesmo partido, que estaria se bandeando para o lado de Mateus Simões (Novo), vice de Zema, e seu candidato. Surpresa? Zero.
Segunda vez
E a ausência de Soares no fim de semana não foi a primeira. No dia 12 do mês passado, Pacheco fez um evento para entrega de máquinas agrícolas na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa) com a presença do presidente Lula (PT), no dia em que ele cumpriu agenda no Estado. Só para lembrar, Pacheco é cotado por Lula para ser candidato ao Governo de Minas. O deputado estadual não compareceu, não justificou. O que causou estranheza, principalmente pelo fato de a solenidade ter sido na região de Soares. Fatos que levam os integrantes do partido a citar a proximidade dele com Simões. Soares respondeu a questionamento da Itatiaia, que não foi convidado para o evento, e sua proximidade com Simões é natural da sua função. Quem está dizendo a verdade? O futuro dirá.
Vítimas de injustiça
Inclusive ele. Foi o que disse o ex-presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez —, desta feita, nos atos referentes ao de 8 de janeiro, na avenida Paulista. Além de criticar duramente as decisões do Judiciário brasileiro. O que não é novidade! Novamente, pediu anistia aos presos pelos ataques na data, relembrou feitos do seu governo e reforçou a tese de que é vítima de perseguição. Na manifestação, organizada por aliados e com presença de parlamentares e governadores, incluindo Romeu Zema, Bolsonaro disse que os presos são vítimas de injustiça. E foi além: afirmou que o movimento foi “orquestrado pela esquerda” e, sem o mínimo de provas, acusou o presidente Lula de ter conhecimento prévio do que ocorreria. Loucura, ou caso pensado numa forma de confundir os eleitores? “Para quem sabe ler, um pingo é letra”.
Tarcísio preterido?
Não é novidade que Zema vem enaltecendo e “morrendo de amores” por Bolsonaro nos últimos dois anos. Proposital? Talvez. O certo é que todo este apoio parece que tem sido correspondido. Lado a lado na avenida Paulista, o ex- presidente rasgou elogios ao governador, relembrando obras do governo federal no Estado, além de enaltecer as qualidades do chefe do Executivo mineiro. Tarcísio de Freitas teria dançado na preferência da cúpula do PL, caso Bolsonaro permaneça inelegível?
Cleitinho e Domingos
Diante de tantas declarações sobre os possíveis nomes para as disputas do ano que vem, surgem algumas dúvidas. O deputado federal Eros Biondini (PL), que esteve na avenida Paulista, falou com a Itatiaia sobre as mexidas nos bastidores. Conforme o parlamentar, Bolsonaro sinalizou que o partido terá candidatura própria ao Senado no Estado. Na lista de pré-candidatos mais cotados, está o do deputado Domingos Sávio, mas Biondini também está no páreo, como ele mesmo disse. Agora, para o governador, a situação é ainda mais complexa. Sugiram outros nomes, inclusive, e o PL sinalizou Cleitinho, com tendência de apoio a Simões. Cogitando até uma dobradinha do senador com o vice-governador. O que foi descartado pelo divinopolitano à coluna. Disse que está firme e forte como cabeça de chapa. A ausência de Cleitinho no ato de domingo, apesar de ter dito que estava em outro compromisso, pode confirmar sua insatisfação com o partido de Bolsonaro, que, aliás, é também do seu irmão, Eduardo Azevedo.