Da Redação
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), tem um principal objetivo: unir os partidos de centro e direita em torno da sua candidatura ao governo em 2026. Além do diálogo com o PSD, Simões também participou, na última quinta-feira, do encontro estadual do PL, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, principal referência da legenda no país. Para potencializar suas chances eleitorais, ele tenta construir uma candidutra única da centro-direita e, para isso, quer convencer o senador Cleitinho (Republicanos) a não disputar o cargo Executivo. Até o momento, porém, ele não cogita abrir mão do pleito.
Simões espera assumir a gestão do Estado em 2027, com a saída de Romeu Zema (Novo) para integrar uma chapa à presidência do Brasil. O atual governador vê o vice como seu sucessor natural.
Cleitinho
Um dos nomes mais fortes da política mineira, Cleitinho ainda não sabe o que é perder uma eleição, tendo ganhado para vereador, deputado estadual e ascendido ao Senado consecutivamente. Agora, prepara terreno para se lançar a governador. Apesar das conversas para dissuadí-lo, ele garante estar firme no seu propósito.
— Conversa fiada, como sempre. Eu vou para governador — garante o senador.
Governo
Nas pesquisas de intenções de voto, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e Cleitinho lideram. Levantamento do instituto Futura ouviu 1.200 pessoas em Minas entre os dias 22 de maio e 5 de junho por CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro do levantamento é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.
Nikolas Ferreira: 27,2%
Cleitinho: 17,9%
Aécio Neves: 11,6%
Branco/Nulo/Não sabe: 9,9%
NS/NR/Indeciso: 9,1%
Alexandre Kalil: 7,7%
Rodrigo Pacheco: 6,9%
Marília Campos: 6,2%
Alexandre Silveira: 2,6%
Mateus Simões: 0,8%
Nos bastidores da política, no entanto, especula-se que Nikolas deve concorrer à reeleição, não desejando um cargo Executivo no momento. Outro ponto seria a experiência, conforme o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, declarou em entrevista à CNN. O deputado federal completa 30 anos, a idade mínima constitucional para ser governador, apenas no próximo ano.
— É importante ele ter mais experiências para chegar ao Poder Executivo — afirmou Neto em abril deste ano.
Senado
Simões também tem buscado diálogo com os partidos sobre as duas vagas de Minas no Senado — atualmente ocupadas por Carlos Viana (Podemos) e Rodrigo Pacheco (PSD). A ideia do PL é lançar um nome próprio e construir uma segunda candidatura baseada no apoio da centro-direita.
Do lado do Partido Liberal, os nomes mais cotados são do presidente da sigla em Minas, deputado federal Domingos Sávio, do também federal Eros Biondini, do deputado estadual Cristiano Caporezzo e do vereador de Belo Horizonte, Vile dos Santos.
Outro nome cotado pelas demais siglas é do atual secretário de Estado de Governo, Marcelo Aro (PP). Aro ficou em 3° na eleição para senador em 2022, quando obteve 2 milhões de votos— ficando atrás de Alexandre Silveira (PSD), com 3,6 milhões, e Cleitinho (Republicanos), com 4,2 milhões.
Outras sigla
Agora, Simões também tenta convencer Cleitinho a deixar a eventual disputa em 26.
— Meu momento é melhor do que o dele, até porque, não tenho outra opção — afirmou em café com jornalistas na semana passada.
Segundo ele, as conversas com PSD e Republicanos vão ocorrer mais aditante, visto que ambos têm pré-candidato próprio. O PSD conta com o senador Rodrigo Pacheco, que é o candidato de Lula (PT) ao governo de Minas.
— O PSD é o maior partido da base. Tenho grandes expectativas de que a gente consiga caminhar junto. É importante para nós. São 11 deputados. Nenhum deles jamais votou contra o governo nas coisas importantes que temos lá (na Assembleia) — pontuou Simões a jornalistas.
