11 de agosto é data para celebrar profissão essencial para a sociedade

Presidente da OAB Divinópolis detalha a importância da atividade no Dia da Advocacia

Da Redação
No dia 11 de agosto de 1827, foram criados no Brasil os dois primeiros
cursos superiores do país, ambos de Direito, nas cidades de Olinda e São
Paulo. Esta data histórica chega em 2025 ao 198º ano de celebração, em
uma época que os advogados são um grupo profissional de suma
importância para a ordem e equilíbrio da sociedade, por mais que
atualmente, não recebam a credibilidade da massa, muitas vezes sendo
até desvalorizados por parte da população. Situação que se repete em
todo país.

Indispensável
Em entrevista ao Jornal Agora, a presidente da OAB Divinópolis, Ellen
Mendes, celebrou a data, e detalhou o sentimento de trabalhar como
advogada na era atual.
— Quero destacar nesta segunda-feira, no Dia da Advocacia, a honra que
tenho e o orgulho em ser advogada há mais de 20 anos. Com a presença
do mundo digital e a expansão das redes, a quantidade hoje de
buscadores de consultas, talvez, quando se fale em banalização da
profissão, as pessoas se refiram a isso, porque as pessoas encontram
muitas respostas prontas na internet, e esquecem a importância de ter
um profissional técnico capacitado para poder acompanhá-lo — ressaltou
Ellen.
A declaração da presidente da OAB Divinópolis exibe como profissionais
que buscam a manutenção dos direitos da sociedade sofrem com a
ascensão meteórica da Internet, já que a população é capaz de realizar as
próprias pesquisas, e formular opiniões singulares com informações
rasas. Neste quesito, está presente uma das principais funções dos
advogados, como destaca Ellen.

— A importância da nossa classe para a sociedade, em especial com a
população, ela já começa na própria formação, sendo o advogado a voz
do cidadão. Porque é ele que exerce o papel de instrumento
intermediário entre o povo e o sistema de justiça. Nós quem falamos por
ele perante o sistema do judiciário. E essa capacidade de falar pelo
cidadão, ela é indispensável. O advogado, inclusive, está presente no
artigo 133º da Constituição Federal do Brasil, como indispensável à
administração da Justiça. Então, essa distorção, e eu prefiro tratar como
uma distorção da população, não vejo como banalização, porque acredito
piamente, que a maioria da população necessita do acompanhamento
recorrente da advocacia. Hoje, ela atua em diversas questões, não só
judiciais, como extrajudiciais — enfatizou a presidente.
Fundamental
Dentre os serviços essenciais fornecidos pelos advogados, Ellen Lima
relatou a questão cartorária como uma que exige um papel direto da
profissão para melhor funcionamento.
— A questão cartorária, hoje, envolve a participação do advogado,
ajudando na instrumentalização de diversos procedimentos. Então, essa
essencialidade e indispensabilidade, ela nunca pode ser vista como banal.
Pelo menos, essa visão que eu tenho como advogada, como presidente
da OAB aqui em Divinópolis, que luta, inclusive, não só pelos direitos e
defesa das prerrogativas da advocacia, mas também por essa
essencialidade — reforçou a profissional.
Ela relata que, mesmo com mais de 25 anos de carreira, nunca enfrentou
um desgaste ou ataque que interferiu na profissão, por mais que clientes
já demonstraram insatisfação com o resultado de algum caso, já que, as
expectativas do cidadão não revelam a realidade do direito e da justiça. A
presidente reforça que, nestes momentos, a importância dos advogados
resplandece, para que seja alcançada a tão almejada justiça.
Imagem negativa
Quanto à perspectiva negativa que parcela da população, a advogada
opinou sobre qual poderia ser a razão para este movimento.

— Infelizmente, maus profissionais encontramos em todas as profissões.
Porém, às vezes é dado um destaque bastante negativo quando maus
profissionais que atuam, e perante a voz da população cometem crimes.
Isso é visto negativamente, porque nós exercemos um mundo sagrado
que é receber a procuração do cliente, e trabalhar incansavelmente para
que essa tarefa que nos foi outorgada seja sempre com ética, com
responsabilidade, e principalmente com a essência do direito de defesa
de cada cidadão — enfatiza.
No entanto, a presidente ressalta que da mesma forma que maus
profissionais prejudicam a imagem da classe, a esmagadora maioria é de
excelentes profissionais que estão todos os dias defendendo cada um
com os seus direitos, não só em defesa como na busca deles.
— É tão importante porque você não divulga no dia-a-dia o que acontece
durante o seu trabalho, ao longo de mais de 20 anos de advocacia, é
impossível nomear quantas pessoas eu ajudei, quantas vidas ajudei a
transformar com meu trabalho. Que estes maus profissionais sejam
punidos pelo civil, criminalmente, ou pela Lei 8.906 do estatuto de
infrações éticas disciplinares — disse.

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