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Divinópolis registra maior taxa de mortalidade infantil em cinco anos

Ao todo, 26 mortes  foram contabilizadas em 2023; veja outros números

by JORNAL AGORA

Bruno Bueno

A taxa de mortalidade infantil de 2023 foi a maior dos últimos cinco anos em Divinópolis. A informação foi coletada ontem pelo Agora com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). 

Os números apontam um índice de 10,28 por mil nascidos vivos. Para se ter uma ideia, 2022 registrou uma taxa de 6,98.

Taxa

A taxa de mortalidade infantil diz respeito ao número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos. O dado estima o risco de morte durante o primeiro ano de vida. Veja os números em Divinópolis:

  • 2023: 10,28;
  • 2022: 6,98;
  • 2021: 9,62:
  • 2020: 9,13;
  • 2019: 8,99.

Números

De acordo com os números, Divinópolis registrou 26 mortes de crianças com menos de um ano em 2023. Veja os dados de outros anos:

  • 2023: 26 mortes;
  • 2022: 17 mortes;
  • 2021: 25 mortes;
  • 2020: 24 mortes;
  • 2019: 25 mortes.

Outros dados

285 bebês com menos de um ano morreram entre 2012 a 2023 na cidade. Mais de 90% dos óbitos foram registrados em hospitais. 

A maioria dos partos foram cesáreas. As mortes prematuras aconteceram, em maioria, com crianças que nasceram com menos de 1kg. Os anos com mais registros até o momento são 2012, com 34 mortes, e 2019, com 27 mortes. 

Mais registros

605 crianças menores de 10 anos de idade morreram entre 2012 a 2024 em Divinópolis. 240 destes óbitos foram fetais e 365 não fetais. A expressa maioria faleceu com menos de 30 dias de vida. 76 mortes, por sua vez, ocorreram entre 1 a 12 meses. Outras 71 crianças tinham de 1 a 10 anos  quando faleceram. 

Os anos com mais registros foram 2012, com 66 casos; e 2015 com 57. 46 registros foram contabilizados em 2023 e, até o momento, 4 em 2024. 

Mortalidade neonatal

A taxa de mortalidade neonatal diz respeito ao número de óbitos de crianças de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico.

Os dados mostram que 15 crianças morreram com menos de uma semana de vida no ano passado em Divinópolis. Veja outros números:

  • 2023: 15 mortes;
  • 2022: 6 mortes;
  • 2021: 14 mortes;
  • 2020: 15 mortes;
  • 2019: 15 mortes.

Mortalidade neonatal tardia

A taxa de mortalidade neonatal tardia diz respeito ao número de óbitos de crianças entre 7 a 27 dias, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico.

Os dados mostram que 7 crianças morreram com menos de 28 dias de vida no ano passado em Divinópolis. Veja outros números:

  • 2023: 7 mortes;
  • 2022: 3 mortes;
  • 2021: 3 mortes;
  • 2020: 7 mortes;
  • 2019: 5 mortes.

Brasil e Mundo

O número de crianças que morreram antes de completar cinco anos atingiu um mínimo histórico, caindo para 4,9 milhões em 2022 no mundo, de acordo com as últimas estimativas divulgadas pelo Grupo Interinstitucional das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil.

O relatório revela que mais crianças estão sobrevivendo hoje no mundo, com a taxa global de mortalidade infantil abaixo dos 5 anos tendo diminuído 51% desde 2000. No Brasil, a queda foi de 60% no mesmo período. Camboja, Malawi, Mongólia e Ruanda reduziram a mortalidade abaixo dos 5 anos em mais de 75% no período.

Motivos

O Ministério da Saúde (MS) afirma que a mortalidade infantil é um importante indicador de saúde e condições de vida de uma população. 

— Com o cálculo da sua taxa, estima-se o risco de um nascido vivo morrer antes de chegar a um ano de vida. Valores elevados refletem precárias condições de vida e saúde e baixo nível de desenvolvimento social e econômico — explica.

O órgão aponta que o Brasil registrou uma queda nos indicativos, com uma redução de 5,5% ao ano nas décadas de 1980 e 1990, e 4,4% ao ano desde 2002. Alguns autores atribuem essa queda,

— Melhoria nos serviços de atenção primária à saúde, aumento da cobertura vacinal e acompanhamento do crescimento da criança, melhoria na distribuição de renda, no nível de escolaridade da mãe, nas condições de habitação e alimentação são exemplos — acrescenta.

Como resolver?

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que estudos mostram que as mortes de crianças poderiam diminuir se as intervenções de sobrevivência infantil chegassem aos menos favorecidos.

— O manejo integrado das doenças infantis – especialmente as principais causas de morte pós-neonatal, infecções respiratórias agudas, diarréia e malária – é necessário para melhorar a saúde e a sobrevivência infantil — salienta.

Olho: “Com o cálculo da sua taxa, estima-se o risco de um nascido vivo morrer antes de chegar a um ano de vida.”

  • Ministério da Saúde

Foto: Divulgação

Legenda: Números apontam para aumento da taxa em Divinópolis

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