A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 21, o Reajuste Tarifário Anual da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig Distribuição S/A) — empresa que atende a mais de 9 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios do estado de Minas Gerais.
— O cliente da Cemig vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho de 2024. Em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o novo valor — informou a Cemig.
As tarifas da concessionária, que entram em vigor a partir de 28 de maio, foram reajustadas nos seguintes índices:
Empresa | Consumidores residenciais – B1 | ||
Cemig | 6,70% | ||
Classe de Consumo – Consumidores cativos | |||
Baixa tensão em média | Alta tensão em média | Efeito Médio para o consumidor | |
6,72% | 8,63% | 7,32% | |
— Entre os fatores que mais impactaram no processo tarifário, destaque para a inclusão dos componentes financeiros apurados no atual reajuste para compensação nos 12 meses subsequentes, além da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no processo tarifário anterior e de custos relacionados à atividade de transporte de energia elétrica — justificou a Aneel.
Abaixo da inflação
O reajuste da Cemig está abaixo do acumulado da inflação dos últimos cinco anos, afirmou a estatal.
— Enquanto o valor da tarifa da companhia foi reajustado em 27%, o IPCA no período foi de 32% — aponta.
Distribuição
Do valor cobrado na tarifa, apenas 25,8% ficam na Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos. Os demais 74,2% são utilizados para cobrir encargos setoriais (16,7%), tributos pagos aos Governos Federal e Estadual (20,9%), energia comprada (26,7%), encargos de transmissão (9,4%) e receitas irrecuperáveis (0,5%). Os impostos arrecadados na tarifa de energia, como taxa de iluminação pública, ICMS, PIS e Cofins são repassados integralmente para as prefeituras, além dos governos Estadual e Federal.
Classificações
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).