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Bons e maus momentos marcaram o ano no futebol mineiro (Final)

by Portalagora

Batendo Bola

José Carlos de Oliveira

jcqueroviver@hotmail.com.br

Do céu ao inferno, do sonho ao pesadelo, esta foi a rotina de nosso futebol na temporada que chegou ao final no mês de dezembro. Para finalizar esta série de comentários, vamos dar uma pincelada no que foi a vida de torcedores, para os amantes da Raposa, do Coelho e da Seleção Brasileira.

 

MANGUEIRAS BRASIL

 

Segundo ano de decepção para a Raposa

 

Fato raro na vida do torcedor cruzeirense, que se acostumou a ver o time estrelado conquistando pelo menos um troféu a cada temporada, o ano de 2016 foi de frustração e tristeza para a China Azul. O Cruzeiro chegou ao final do segundo ano, consecutivo, sem que pudesse festejar uma taça sequer.

E olha que 2016 não era para ter sido assim, não. Pelo menos em um dos torneios que disputou – Campeonato Mineiro, Copa da Primeira Liga, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro – a equipe estrelada tinha por obrigação e elenco para disputar as primeiras colocações. Mas não foi essa a realidade. O time penou do princípio ao fim e só escapou de um desastre maior porque Mano Menezes retornou à Toca Raposa e deu alma nova aos jogadores e a todos no clube. Não fosse assim, e hoje a torcida poderia estar chorando algo bem pior, o rebaixamento no Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua história.

E o que aconteceu para dar tudo errado, então? Se não tinha o elenco dos sonhos, a Raposa também não tinha dos piores grupos, não. Por que nada deu certo?

Se alguém apontar o dedo e afirmar, categoricamente, que foi este ou aquele o culpado, estará sendo, no mínimo, leviano. Mas que alguém errou feio, isto errou. Não dá para topar o sol com peneira.

E como o principal culpado tem de ser, sempre, quem manda no clube, a verdade da Raposa nos mostra que foi essa a realidade. Foi a sua diretoria, sim, quem deu as piores mancadas. Apostou no cavalo errado e pagou o justo preço das suas burradas.

E começou quando efetivou Deivid como treinador ainda no final de 2014, e pisou mais feio ainda na bola quando trouxe um português, o Paulo Bento, que, por mais boa vontade que possa ter tido, nunca seria a solução para os problemas do time.

E deu no que deu. Nem na final do estadual o time chegou. Ficou de fora, vendo os dois rivais brigando pelo título. Mas não foi só isso não.

Teve mais, muito mais a se lamentar o torcedor cruzeirense. As decepções foram até as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, quando o time enfim respirou mais aliviado, com a permanência na elite do futebol nacional. Agora, o time tem é de passar uma borracha em tudo o que aconteceu, e fazer por onde não cometer os mesmos erros em 2017.

 

Achou que era sem nunca ter sido

 

Se a diretoria do Cruzeiro pisou feio na bola, a do América não fez por menos. Começou o ano festejando a taça de campeão estadual, derrotando nas finais a dupla Raposa e Galo, em dois mata-matas históricos para seus torcedores, mas terminou a temporada amargando o maior vexame de sua vida: a lanterna da Série A do Campeonato Brasileiro.

Nem é preciso apontar um dedo para buscar culpados, podem ser é todos os dez, das duas mãos, para cima da diretoria, porque foi ela sim a responsável pelo desastre.

Os diretores americanos deslumbraram-se com o título estadual e se esqueceram de que a Série A do nacional iria exigir bem mais do time. Fugiram de suas origens, que sempre foi a de apostar em suas categorias de base, para contratar um monte de “estrangeiros”, que aqui chegaram, nada fizeram e foram embora sem deixar saudades. Agora, terão de começar tudo de novo, do zero, para reconquistar seu espaço no futebol nacional.

Mas que abram bem o olho para não cair ainda mais. O trabalho tem de ser consciente, com a sabedoria de quem sabe que não pode mais cometer erros, sob pena de jogar ainda mais lenha na fogueira, e esquentar de vez o caldo para os lados do Lanna Drumond.

 

Caminho inverso fez a seleção canarinho

 

Muitos podem até se perguntar: como pode isso? De risco de não participar, pela primeira vez em sua história, de uma Copa do Mundo, a líder das eliminatórias sul-americanas, com 100% de aproveitamento sob o comando do técnico Tite e virtualmente classificado para os jogos da Rússia.

Tudo bem, podem até dizer que a mudança atende pelo nome de Tite. Mas vou ainda mais além. A nova era do selecionado nacional tem uma série de fatores a mais para serem analisados, mas o principal deles foi o fato de os homens da Confederação Brasileira (CBF) terem tido coragem e vergonha na cara para ouvir a voz das ruas e meter o pé na bunda do tal de Dunga, que caiu levando com si toda a corja de incompetentes que estavam à frente do selecionado nacional. Simples assim.

E essa era a única solução depois do desastre da Copa América do Centenário, nos Estados Unidos. Com Dunga, o Brasil não iria a lugar algum. Saindo ele, qualquer um faria melhor. Mas ainda bem que os dirigentes escolheram o melhor, o queridinho do povo. Correram menos riscos de errar, e hoje só têm a festejar.

O caminho para a Rússia está cimentado e sacramentado, mas é bom que ninguém se deslumbre com a invencibilidade nas eliminatórias e os 100% de aproveitamento, não, muito ainda há para ser feito. Para o Brasil voltar a ser protagonista e apontado como um dos favoritos a qualquer torneio que disputar, hoje e no futuro, todos (mas todos mesmo) – a começar pelos nossos jogadores –, terão de vestir a sandália da humildade e reconhecer que, sozinhos, não são nada. Como time, grupo unido, podem até sonhar. Mas o estrelismo terá de ser deixado de lado, para entrar em cena o homem, atleta, que ama o que faz e o país em que nasceu. Se não for assim, nunca chegaremos a lugar algum. Seremos sempre penta, sem nunca ser hexa.

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