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Divinópolis ainda enfrenta superlotação de leitos pediátricos

Vagas compradas pela Prefeitura estão cheias; diretor-presidente do CSSJD fala sobre o assunto

by JORNAL AGORA

Da Redação

A situação na Saúde em Divinópolis ainda é extremamente delicada. Em meio à superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto, pacientes aguardam transferência para outras unidades de saúde. 

Além disso, os leitos pediátricos do Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), comprados pela Prefeitura, também estão com 100% de ocupação. 

O Agora conversou com o diretor-presidente do hospital, André Waller, que comentou sobre a situação difícil vivida na cidade. A reportagem fez uma atualização sobre a saúde na cidade.

Ocupação da UPA

Conforme dados da Prefeitura, nesta terça-feira, a ocupação da estava da seguinte forma: 36 pacientes adultos e quatro crianças aguardavam por uma vaga. Nos casos de pediatria, três transferências pela Regulação Municipal e duas pelo SUS Fácil foram executadas.

Entre os pacientes adultos, três estavam em observação, e dois foram transferidos pelo SUS Fácil. Houve ainda uma recusa de paciente para a vaga de transferência. 

De acordo com o Executivo, a ocupação dos leitos do CSSJD, adquiridos pela Prefeitura, está em 100%.

Leitos do CSSJD

Como forma de solucionar parte dos problemas da Saúde, a Prefeitura comprou, no final de abril, 14 leitos de pediatria do CSSJD. A contratação foi por um período de 60 dias, prazo que deve se encerrar no final deste mês. O valor foi de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos da Prefeitura.

Ao Agora, o diretor-presidente do CSSJD, André Waller, comentou sobre a ampliação de leitos que o hospital passa no momento.

— Ainda na época da covid, precisamos ampliar dez leitos de CTI infantil. Esses leitos agora estão passando por uma reforma geral para que possam, então, se tornar permanentes. Com isso, a gente vai manter 20 leitos de CTI infantil essenciais pro cuidado das crianças aqui na região — comentou.

André exemplificou que, mesmo com a compra dos leitos, os atendimentos destinados ao SUS não foram alterados, uma vez que os leitos vendidos eram da saúde suplementar.

— Bom, houve a compra da Prefeitura de dois leitos de CTI infantil e 12 leitos de enfermaria. Eles foram da saúde suplementar, que a gente transformou para a Prefeitura. Não houve, então, a diminuição de atendimentos no âmbito do SUS, a gente tinha uma folga na suplementar, o que permitiu fazer isso —  contou.

O diretor comentou ainda que houve uma procura do Estado, mas que em decorrência da atual situação, não pôde ser atendida.

— Recentemente houve uma proposta do Estado, em tentar ver o aumento de oferta de leitos para a saúde pública, mas infelizmente a folga que o São João tinha naquela época, já foi preenchida com a venda desses dois leitos para a Prefeitura de Divinópolis — explicou.

Por fim, ele relatou a situação atual do hospital, que impede a venda de mais leitos, caso necessário.

— Neste momento não temos capacidade para, em tese, vender mais leitos. A gente faz algumas vendas de serviços para o Estado em casos especiais, em casos pontuais, e quando há disponibilidade. Mas, hoje para fechar os leitos definitivamente, o São João ainda não tem esse espaço — finalizou André.

Pontos de atendimento

Enquanto a situação na UPA é crítica, a Prefeitura reforça a importância da população com sintomas gripais e de dengue procurarem os postos de saúde ou os ambulatórios — onde a procura  tem diminuído.

A estrutura para adultos fica à rua Nova Serrana, 140, no bairro Afonso Pena – próximo à Igreja São Sebastião. Já crianças com menos de 13 anos são atendidas na Policlínica, à rua São Paulo, 10, Centro. 

O atendimento é diário, inclusive aos fins de semana, das 7h às 19h. São dois médicos e duas equipes de enfermagem em cada. 

A secretária de Saúde (Semusa), Sheila Salvino, já havia reforçado a importância da população, com sintomas de dengue ou doenças respiratórias, procurar os ambulatórios. 

— As equipes e os locais onde funcionam os dois ambulatórios estão preparados para receber a população que, neste momento, são de grande importância também como suporte à UPA Padre Roberto — destacou. 

Transição na UPA 

A Prefeitura divulgou na última semana, os nomes que compõem a comissão de transição. A expectativa é que o processo seja concluído em até 30 dias, mas o prazo pode ser prorrogado, se necessário. Quem vai assumir a gestão é o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Oeste para Gerenciamento dos Serviços de Urgência e Emergência (Cis-Urg) Oeste (responsável pelo Samu).

Entre os nomes da comissão, estão representantes dos três órgãos envolvidos: Executivo, Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp) e Cis-Urg. O objetivo é preservar a assistência dos pacientes neste período de mudança. 

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