José Carlos de Oliveira
Mesmo problema no apito
Nem bem a bola rolou para o início do Campeonato Brasileiro, e a reclamação já é geral contra os sopradores de apito, que precisam sim melhorar, e muito, mas não é para tanto. Como sempre foi assim, não entendo porque tanta choradeira agora. Será que é porque este campeonato já se deslumbra como um dos mais difíceis e concorridos dos últimos anos, ou porque estes dirigentes gostam mesmo é de reclamar?
Não sei, não, tenho para mim minhas dúvidas.
Pressão
Fico com a impressão de que os dirigentes já começam a fazer pressão para cima da arbitragem, sempre olhando para o próprio umbigo, e querendo algum benefício em jogos de seus times no futuro. E em se tratando de dirigente de futebol no Brasil, não duvido que esta seja a real ideia e intenção com tamanha choradeira.
Errou feio
Mas pelo menos num jogo há motivos de sobra para os dirigentes e a torcida ficarem irritados com o soprador de apito. No jogo entre Atlético de Goiás e Flamengo o pênalti marcado nos minutos finais, com interferência do VAR, a favor dos cariocas, foi coisa de outro mundo. Se aquele lance foi mesmo pênalti daqui para frente os juízes terão que marcar pelo menos umas dez penalidades máximas, por jogo, porque em todos os lances dentro das áreas acontecem faltas até mais duras e claras do que a apitada no domingo pelo soprador de latinha, e contando ainda com o auxílio do árbitro de vídeo.
Vamos ver até onde vai dar este choro!
Acalma, mas não resolve
A vitória do Cruzeiro no domingo frente o Botafogo, por 3 tentos a 2, na estreia do time celeste no Brasileirão, com o gol de Rafael Elias sendo marcado aos 45 minutos do segundo tempo, pode até acalmar os ânimos e os bastidores para o lado da Raposa, mas está longe de resolver os problemas, internos ou não, que por certo podem acarretar uma possível saída (cada vez mais próxima) do goleiro Rafael Cabral, reconhecidamente um dos líderes do atual elenco do time estrelado. E são várias as possibilidades que esta situação pode acarretar, e indo para cima de muita gente.
Medo de errar
E que ninguém se engane quanto a isso. Ao sair do clube por imposição de vaias e comportamento deplorável de meia dúzia de torcedores, Rafael Cabral abre brecha para que esses mesmos ‘idiotas’ se sintam prestigiados, mais fortes, e passem a agir da mesma forma com outros atletas, sempre que não gostarem da atuação do time em determinados jogos. Para não falar no risco de a bola começar a queimar nos pés de alguns jogadores, que com medo de errarem e serem crucificados por este mesmo grupo de idiotas (que podem ser chamados de tudo, menos de torcedores de futebol) passem a ter medo de tentar algum drible ou alguma jogada.
Quem vaia os jogadores (seja de que time for), antes mesmo do jogo começar, não foi ao estádio para torcer pelo time, não, e sim para tumultuar. Não se enganem quanto a isto.
Esta é a única verdade que existe. E ponto final.
Foto: Divulgação
Voltando para casa – Pode-se dizer que sim, que esta seja a verdade. O retorno de Alexandre Mattos aos bastidores do América é como um retorno para casa, pois foi no Coelho que o dirigente começou sua vitoriosa trajetória no futebol brasileiro. Alexandre Mattos começou no próprio clube e sempre teve boa relação com Marcus Salum, atual presidente da SAF americana. Agora resta saber como será. Temos que esperar pelos próximos capítulos desta estória, pois o dirigente sempre se notabilizou por contratações ousadas, e no América, hoje na Série B, será difícil ele contar com a grana que, com certeza, precisaria para fazer altos investimentos.
