Jorge Guimarães
Divinópolis contabilizou, em fevereiro, um aumento notável no número de oportunidades de emprego, superando significativamente os números registrados em janeiro. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que a cidade teve, em fevereiro, 3.252 admissões contra 2.841 desligamentos, perfazendo um total de 411 novas vagas de empregos formais. O aumento, na casa dos 108% em relação a janeiro, representa mudança e é motivo de otimismo para os empresários e trabalhadores em potencial.
Estatísticas
O levantamento revela que Divinópolis teve mais que o dobro das vagas de emprego em fevereiro em comparação com o mês anterior, que foi de 197 novas vagas. Esse crescimento sugere uma possível recuperação econômica ou, pelo menos, uma estabilização do mercado de trabalho na região.
— Essa tendência ascendente pode ser atribuída a uma variedade de fatores, incluindo iniciativas governamentais, investimentos em setores-chave da economia local e até mesmo mudanças sazonais. Independentemente das razões específicas por trás desse aumento, é claro que a cidade está testemunhando uma reviravolta positiva no mercado de trabalho — avaliou o economista, Leandro Maia.
Oportunidades
O aumento nas oportunidades de emprego não apenas beneficia os residentes em Divinópolis em busca de trabalho, mas também contribui para o crescimento econômico geral da cidade. Mais empregos, segundo o especialista, significam mais renda disponível para os trabalhadores, o que impulsiona o consumo e estimula outros setores da economia local.
— No entanto, é importante continuar monitorando de perto essa tendência e implementar políticas que garantam a sustentabilidade do crescimento do emprego a longo prazo. Além disso, é fundamental garantir que as oportunidades de emprego sejam acessíveis e equitativas para todos os membros da comunidade, promovendo assim o desenvolvimento inclusivo e o bem-estar geral da população da cidade — concluiu o economista.
Segmentos
2024 começou positivo no que se diz a número de ofertas de vagas de empregos com carteira assinada. Pela primeira vez, depois de muitos meses, todos os segmentos fecham com seus números no verde. Mais positivo foi a recuperação do setor de comércio que teve 925 contratações contra 902 demissões, fechando com saldo de 23 novas vagas. Em janeiro, o setor tinha fechado o mês em menos 158 vagas. Disparado mais uma vez está o setor de prestação de serviços, que registrou 1.292 admissões contra 1.107 demissões, obtendo saldo positivo de vagas em 185. Destaque, pelo segundo mês consecutivo, para o setor da indústria, que obteve mais 107 novas vagas, seguido do segmento da construção com 93 e do agronegócio, que fechou com mais três novas vagas.
Centro-Oeste
Na região Centro-Oeste, a cidade de Nova Serrana foi mais uma vez o destaque. O polo calçadista registrou 1.758 contratações contra 890 desligamentos, totalizando 868 novos postos de empregos, sendo sua maioria, 836, nas fábricas da cidade. E a vizinha Itaúna foi a cidade de menor desempenho, fechando com menos 11 vagas de empregos formais. Sendo o comércio, com menos 81, um dos maiores responsáveis pelo saldo negativo.
Sine
O Serviço Nacional de Empregos (Sine), unidade de Divinópolis, situado à rua Goiás, 206, oferecia ontem 81 vagas de empregos formais. Com destaque para as 15 de ajudantes de carga e descarga, as cinco para carpinteiro de obra, servente e pedreiro. As demais se dividem por vários segmentos, como auxiliar de linha de produção, operador de pá carregadeira, vendedor interno, zelador e muitas outras. Os interessados devem agendar atendimento presencial para intermediação de mão de obra na UAI Divinópolis.
Brasil
A nível Brasil, os números do Caged mostram que o país teve, em fevereiro, 2.249.070 admissões contra 1.942.959 desligamentos, fechando o mês com saldo positivo de 306.111 novas vagas de emprego formal. Com destaque para a prestação de serviços que obteve 193.127 novas vagas.
Já Minas Gerais fechou positivo em 35.980 vagas, sendo 247.414 admissões contra 211.434 demissões. E outra vez o setor de prestação de serviço também foi o destaque com 21.709 novas vagas.
População desocupada
No trimestre encerrado em fevereiro último, a taxa de desocupação, no país, chegou a 7,8%, com alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023. Apesar da alta, essa taxa ainda está abaixo da que foi registrada no mesmo trimestre móvel do ano passado, encerrado em fevereiro de 2023, que estava em 8,6%, segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de pessoas em busca de trabalho chegou a 8,5 milhões de pessoas, com alta de 4,1% na comparação trimestral, o que equivale a mais 332 mil pessoas buscando uma ocupação. Foi o primeiro aumento desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2023. Mesmo crescendo, o número de desocupados ainda ficou 7,5% abaixo do que fora registrado no mesmo trimestre móvel de 2023, 9,2 milhões de pessoas.
A alta na taxa de desocupação se deu especificamente ao aumento da procura por trabalho, porque o número de pessoas que estavam trabalhando no país se manteve nos 100,2 milhões, sem apresentar variação estatisticamente significativa na comparação trimestral. Além disso, essa população ocupada está 2,2% acima do contingente registrado no mesmo trimestre móvel do ano passado, de 99,1 milhões de trabalhadores.
Foto/Jorge Guimarães
O segmento da construção civil ficou positivo mais uma vez no início do ano
